Basicamente, vacinas são substâncias feitas a partir de bactérias ou vírus patogênicos (causadores de doenças) modificados em laboratório e que perderam a sua capacidade de causar doenças. Elas estimulam o organismo a produzir anticorpos (proteínas que ajudam a destruir esses micro-organismos). Quando uma pessoa vacinada entra em contato com bactérias ou vírus patogênicos, ela possui imunidade (ou seja, na maioria das vezes, é resistente às doenças causadas por esses micro-organismos). As vacinas são específicas e só protegem contra a doença contra a qual se está vacinado. É por essa razão que existem vacinas para várias doenças e que devem ser dadas antes do contato da pessoa com o vírus ou a bactéria.
A Igreja Católica nunca se posicionou contra as vacinas, porém, sempre recomendou que os meios biológicos utilizados para produzi-las fossem moralmente lícitos. Muitas vacinas são obtidas através de pesquisa com células de embriões ou fetos humanos (células comumente utilizadas para esse fim são as HEK293), tratando-se, portanto, de um crime contra a sua dignidade de seres humanos.
Tomando emprestado alguns termos do Papa São João Paulo II, a cultura da morte pode ser definida como a verdadeira e própria estrutura de pecado, caracterizada pela imposição de uma cultura anti-solidária promovida por fortes correntes culturais, econômicas e políticas, portadoras de uma concepção eugenista da sociedade. Trata-se de uma guerra dos poderosos contra os débeis: idosos, deficientes, enfermos e contra aqueles que nem nasceram ainda. Essa cultura possui uma mentalidade neomalthusiana e, através de fundações e grupos políticos milionários atinge e subverte, a nível mundial, as relações entre os povos e os Estados.
Historicamente, a cultura da morte procura a esterilização de seres humanos, principalmente em países subdesenvolvidos e através de seus tentáculos como a OMS e a UNICEF (ambas agências da ONU), buscou a esterilização de mulheres no Quênia através de vacinas antitetânicas com frações da molécula de beta HCG – hormônio produzido pelo trofoblasto (grupo de células do desenvolvimento embrionário) e necessário para o seu desenvolvimento – induzindo a formação de anticorpos contra esse hormônio e consequentemente impedindo o desenvolvimento do embrião. Trata-se, portanto, de uma ação que pode impedir a gravidez por algum tempo ou atuar de forma abortiva.
Além do Quênia, aparentemente, a cultura da morte agiu de forma parecida nas Filipinas, México, Nicarágua e possivelmente, com vacinas contra a Polimelite, Sarampo, Rubéola e Caxumba (tríplice viral) na Argentina. Podemos considerar que, além dessa ação esterilizante direcionada às mulheres, uma alternativa futura para tornar os homens estéreis poderia ser a utilização de vacinas antiGnRH (hormônio que estimula a hipófise a produzir outros hormônios os quais estimulam os testículos a liberarem testosterona e produzirem espermatozoides). Essa técnica já é utilizada em bovinos e possui resultados promissores em cabras e gatos machos, porém não possui efeitos significativos em camundongos, e javalis machos. Não existe evidência científica que corrobore uma possível tentativa da cultura da morte em esterelizar os homens indiretamente por meio de vacinas.
Sendo assim, as vacinas não são ineficazes e nem dispensáveis, sendo, na maioria das vezes, uma negligência grave se os católicos não buscassem a sua própria imunização contra certas doenças, bem como dos seus próprios filhos; porém, como foi descrito acima, também é verdade que a cultura da morte utilizou-se das vacinas em situações pontuais com o objetivo de esterelizar mulheres. Portanto, os católicos devem buscar referências sérias sobre a procedência, origem e histórico de determinada vacina e emitir ponderações razoáveis, justas e equilibradas. No caso, baseado nos FATOS apresentados acima, essa pesquisa deve ser feita sobre as vacinas aplicadas em mulheres durante a gravidez ou não. O que é totalmente diferente da histeria antivacina de matriz neoconservadora americana e brasileira balizada em teorias da conspiração, que generaliza o que é pontual e confunde a cabeça dos incautos, levando-os a atitudes temerárias e fazendo com que todo um trabalho de estudo sério acerca da cultura da morte seja ridicularizado e perca a sua credibilidade.